Translate/Traduzir

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A linha dos malandros

A linha dos malandros ainda é pouco cultuada dentro da Umbanda, ainda que a figura do Sr. Zé Pilintra seja amada e respeita por muitos umbandistas, pouco se conhece sobre essa linha.

A linha dos malandros atua auxiliando os que estão a margem da sociedade, que foram segregados do meio em que vivem, então, entram os malandros, devolvendo essas pessoas ao meio.

Podemos identificar na linha dos malandros um arquétipo menos formal, claro que sempre respeitosos, mas com gingado e alegria, são bons conselheiros lidando com pontos em nosso íntimo muito ligados a auto-aceitação, a fé, a confiança. Os malandros movimentam as pessoas no alcance de seus objetivos dando a eles a fé que lhes falta para que eles possam vencer e sair da condição marginal.

Pessoas que costumam ter a necessidade de integrar as pessoas menos favorecidas, que estão sempre envolvidas em trabalhos sociais, têm um malandro muito forte em sua corrente mesmo que isso seja inconsciente.

Permita ao seu malandro, trazer a flexibilidade que você precisa para ajustar-se ao meio, permita a ele te mostrar os pontos que te segregaram, e peça a ele o auxílio, a adaptabilidade e a flexibilidade para que novamente você se integre ao meio que foi excluído, seja ele social, seja ele da fé, do conhecimento, profissional, da família, etc.

Os malandros atuam na umbanda, pois na umbanda foram aceitos. A umbanda é uma religião inclusiva, que aceita o branco, o negro, o índio, o oriental, a criança, o velho, o novo, o nordestino... e cada um deles vem com a sua palavra, seu jeito, seu ensinamento, sua sabedoria e muita simplicidade nos ensinar.

A umbanda aceita aqueles que de alguma forma foram excluídos de seu meio, aceitando o melhor de cada um para que seus adeptos possam evoluir, possam crescer, ser melhores, sem mudar o melhor que há neles.

E assim a Umbanda dá espaço a corrente dos malandros, que pode ser vista no catimbó, na quimbanda, mas que estão ali nos ensinando a incluir as pessoas.

Que a partir dos ensinamentos de nossos amados malandros, possamos fortalecer em nossa religião e casas o que já recomendara o Caboclo das 7 Encruzilhadas: “ Aprender com quem sabe mais, ensinar aos que sabem menos, mas a ninguém renegar!”.

Salve Sr. Zé Pilintra! Salve os malandros!

Axé!
Equipe UCJ- por Caroline Nagao




Nenhum comentário:

Postar um comentário