Certo dia, uma entidade se apresentou para mim e disse que estava na minha corrente trabalhando o meu “desaprisionamento”. Fiquei bastante curiosa, pois, não entendi o que poderia significar esse termo. Questionei e, com o tempo passei a escrever sobre para compreender melhor.
Em resumo, as prisões internas são conceitos e crenças limitantes que nos apegamos ao longo de nossas vidas, convicções que não nos servem, mas, se fazem presentes e, chegam a nos prejudicar em alguns momentos. Refletindo sobre fé e crenças, lembro-me de situações que vivenciei e que a fé estava presente, mas parece que eu tinha fé nas respostas e acontecimentos negativos.
Eu me lembro de uma fase em minha vida que fiquei desempregada, consigo lembrar do meu desespero, eu tinha um currículo bom para as vagas que eu buscava, mas por alguma razão eu sempre passava nas primeiras etapas de entrevistas, testes e tudo mais, mas não conseguia passar nas etapas finais, isso foi motivo de frustração, perda de energia, eu ficava inconformada e, cheguei a questionar a minha capacidade em muitos momentos.
Algumas pessoas próximas começaram a sugerir que eu começasse a buscar vagas diferentes das que eu queria, que não estavam dentro da minha área de atuação, dizendo: “Eu sei que não é o que você quer, mas o que você quer você não está conseguindo, então tente essas...”. Eu me irritava internamente, pois eu tinha consciência que eu tinha capacidade para conseguir aquilo que eu buscava, do contrário eu não seria chamada para entrevistas para as vagas que eu me candidatava, pois meu currículo estaria fora. Mas ainda assim, as respostas externas me afetavam, os feedbacks negativos tiravam a minha energia e, mesmo consciente de que eu poderia conquistar a posição que eu buscava eu me questionava se eu conseguiria ou não, se eu merecia ou não, se eu tinha capacidade ou não. Pois, mesmo diante das crenças fortes de que eu era capaz, mesmo diante das respostas positivas, afinal meu currículo era selecionado, eu me prendia mais ás experiências ruins que me limitavam.
Entendo a fé como virtude, estando ela presente em nossa religiosidade ou não. Eu creio que não há uma pessoa que não tenha fé, acho que todos nós a temos, todos nós possuímos crenças, sejam elas limitantes ou poderosas, todos temos nossas convicções, e elas tanto podem nos auxiliar a vencer barreiras, como podem nos fazer dar força aos desafios e não em nossa capacidade. Tudo depende de nosso foco e de como administramos nossas crenças, nossa fé, da direção que damos a ela.
A reflexão que sugiro hoje é fazermos uma autoanálise de qual a direção que estamos dando para a nossa fé, hoje. Cremos e enfatizamos o problema ou nossa capacidade em resolvê-lo? E a partir da nossa resposta, refletirmos: “Qual dos dois caminhos merecem a nossa atenção?”
Axé!
Equipe UCJ- por Caroline Nagao- Spiritual e Life Coaching
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