A morte é uma coisa “engraçada”, né?! Um dia, se está vivo para uma realidade e, no outro... não está mais ali!
Acordei, hoje pela manhã, com a notícia que uma amiga havia feito a passagem... Pudera! Depois de 02 anos lutando bravamente com um tumor maligno no cérebro, o corpo físico não mais agüentou e começaram a falhar seus órgãos... Até que houve o falecimento.
Uma sorte para ela, que vai! Tenho certeza que a acolhida será da melhor maneira – como merece e precisa. Uma dor para aqueles que ficam – principalmente a família mais próxima e os amigos mais chegados que, embora conformados (já que ela estava sofrendo muito), o momento de se despedir nunca é fácil.
Nossa sorte, como Umbandistas e/ou Espiritualistas, é sabermos que não acaba por aqui! Então, quando ela estiver recuperada, virá se comunicar e trazer as novas. Entendemos também que seus guias e mentores estão e estarão com ela durante toda a recuperação astral.
Agora... Como se processa esse desligamento no lado espiritual? Aí está algo que tenho tentado entender nas últimas semanas (aproveitando o processo de iniciações de nosso curso de Sacerdócio Umbandista, aonde fomos iniciados nos Mistérios de Pai Omulu na semana passada e seremos de Pai Obaluaiê - nesse próximo final de semana).
Como entender essa dupla de Orixás tão controversos? O “Senhor das Doenças” e o “Senhor da Morte”, os “impiedosos” Omulu e Obaluaiê... Quando falamos aos antigos, um sinal de respeito e temência se instala...
Andei buscando informações sobre os dois, mas, muitas fontes que encontro são do Candomblé. Omulu seria um Obaluaiê mais jovem? Alguns dizem que sim – e daí surge a confusão de serem um só.
Prefiro pensar em Pai Omulu como Senhor da Cura. Afinal, Olorum – Divino Criador da Perfeição que é o Todo – não daria apenas senhores Orixás punidores, castigadores, que dariam o direito de encarnados se servirem para o mal de seus semelhantes.
Pai Omulu tem seu Campo de atuação no Cemitério, um local de intensa renovação. Responsável pelo desligamento do cordão de prata que nos une ao corpo material e (acredito) responsável também pelo nosso Duplo Etérico – corpo-cópia do encarnado, responsável pela localização dos chackras e abastecimento energético do físico.
Omulu, dentro da Lei Maior, da Justiça Divina e do merecimento e necessidade da pessoa, fortalece e/ou enfraquece esse Duplo Etérico através de seus Mistérios, causando a moléstia e sua cura. Dor é sempre um caminho de aprendizado, certo?
Mas, é só esse o campo de atuação de Omulu?
No meu ponto de vista, NÃO!
Omulu também, como fortalecedor e enfraquecedor de campos, pode nos auxiliar a enfraquecer um medo (e junto com Ogum nos direcionar para termos coragem);
pode nos enfraquecer uma obsessão amorosa (e, com Oxum, fortalecer um novo e saudável amor);
pode enfraquecer uma Fé abalada (e, com Oxumaré e Oxalá, trazer a renovação em outra Fé) e assim por diante.
Já Pai Obaluaiê, Senhor das Passagens: enquanto Pai Omulu desliga o ser para seu desencarne, Pai Obaluaiê e seus Mistérios o direciona para seu lugar de merecimento na Criação. O Campo Santo (Cemitério, Calunga...) é cheio de Mistérios também, e é campo de atuação de ambos Pais, mas cada um “na sua enfermaria”.
As Passagens podemos entender como caminhos, degraus, partes da evolução de um ser.
Não nos limitemos ao que estamos lendo, nunca!
Vamos expandir o conhecimento e, com coerência, conseguir entender o pedaço que nos cabe dos Mistérios Divinos!
Atotô, Meu Senhor!
Boa Semana!
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